Tuesday, April 03, 2007

E a culpa é do...

Depois de mais uma sadia manifestação de apoio ao seu clube, a claque Super-Dragões vê o seu nome ser manchado na praça pública. O F.C. Porto, e bem, veio em sua defesa através de um comunicado oficial.

Em primeiro, lê-se que "o F.C. Porto repudia todo o tipo de violência". Quem tiver dúvidas sobre isto, pode procurar informar-se sobre casos como os de José Saraiva, Carlos Pinhão, Santos Neves, João Freitas, Marinho Neves, António Paulino, Manuela Freitas, Martins Morin, João Martins, Eugénio Queiróz, Paulo Martins, Pedro Figueiredo, Donato Ramos, Filomena Morais, Carolina Salgado, Ricardo Bexiga.

Depois, o F.C. Porto lembra que "em três deslocações ao Estádio da Luz, os adeptos do FC Porto ficaram posicionados em três zonas distintas". O que, como é óbvio, é bastante desagradável para os mesmos, já que das outras vezes ficaram perto do relvado e puderam praticar tiro ao alvo sobre os jogadores do Benfica que se aproximavam daquela zona aquando das marcações de pontapés de canto. Desta vez tiveram que se contentar em arremessar petardos e cadeiras contra os adeptos do Benfica que estavam por baixo deles. E isto revela má fé da parte do Benfica, já que está a privar um grupo de pessoas de um divertimento com um elevado nível de dificuldade, o de tentar acertar em jogadores do clube rival com moedas, isqueiros, petardos e telemóveis (alguns de nova geração, com uma boa qualidade de fotografia); por outro bem menos interessante, pois como todos sabemos, não é difícil atingir pessoas que estão abaixo de nós. Basta atirar qualquer coisa ao ar que a gravidade faz o resto. Reconheço que há algum grau de dificuldade em tentar atingir crianças, pois são pequenitas, mas mesmo assim não é a mesma coisa, caramba! Atingir um jogador tem outro sabor.

O F.C. Porto estranha também "a opção de colocar os seus adeptos no último piso da bancada", pois é nesse preciso local que têm vindo a ser colocados adeptos do Sporting, Liverpool, Manchester, Barcelona, Celtic, PSG, entre outros. Os Super-Dragões exigem tratamento diferente, pois todas essas claques tiveram comportamentos próprios de seres humanos, algo que o F.C. Porto e a sua claque repudiam veementemente.

O comunicado alerta ainda para o facto de "o acesso dos simpatizantes do FC Porto" não ter decorrido "com segurança e fluidez". Muitos deles tiveram inclusive que saltar por cima dos torniquetes de segurança, correndo o risco de fracturar uma perna.

O F.C. Porto recorda que alguns adeptos "apenas chegaram à respectiva cadeira perto do intervalo", pois ficaram muito tempo retidos a serem revistados, algo a que não estão habituados. Para culminar, as referidas cadeiras eram vermelhas, algo que só pode ser entendido como um acto de vil provocação. Os Super-Dragões, dando uma prova inequívoca de inteligência e perspicácia, procederam então à remoção das mesmas, utilizando-as como armas de arremeso. Uniram o útil ao agradável. Bravo, rapazes!

A Comissão Disciplinar da Liga veio hoje dar razão à posição do F.C. Porto e da sua claque, punindo o Sport Lisboa e Benfica com uma multa de 2.000 euros. Há apenas a lamentar a multa que o F.C. Porto também terá que pagar, esta de 1.500 euros, algo que não se compreende.

Até quando se irá compactuar com estas injustiças?