Sunday, October 29, 2006

Gostaria de transcrever, para este espaço, o comunicado daquele clube de bairro que veste de azul, tornado público após a lesão de um jogador seu, mas entendo que o fanatismo, a cegueira, o clubismo exacerbado e, acima de tudo, a escamoteação do passado recente não devem ser privilegiados ou publicitados gratuitamente por quem dá vida a estes espaços de opinião.
"Precisamente como na temporada passada, no mesmo local do terreno, no meio-campo, junto aos bancos de suplentes, o jogador que mais podia desequilibrar foi intencionalmente atingido com violência por um grego, confirmando a teoria de quem vê estes casos como manobras planeadas." Será esta teoria da conspiração mais uma manobra para desviar as atenções do processo-crime em que está envolvido esse "senhor" cujo nome me escuso a pronunciar...?
Para acentuar a desfaçatez de escrever um comunicado com tal conteúdo, teimam em alcunhar a equipa do Benfica de "violenta" e "mal-comportada", auxiliando-se, para tal argumentação, das acções disciplinares que aquela sofreu. Esquecem-se, tais mentes iluminadas, que certas sanções disciplinares foram injustas e descabidas e que nenhuma teve lugar por conduta violenta.
A mais, afirmam, em tom de ameaça, que pensam recorrer à contratação de jogadores robustos para resistir e responder à violência. A desonestidade dessas pessoas vai ao ponto de se esquecerem do seu passado muito recente. O que dizer de jogadores como Bruno Alves, que na época transacta foi expulso por cabecear Nuno Gomes? O que dizer de Jorge Costa e das suas "festinhas" e "carícias" aos adversários? O que dizer de Costinha? O que dizer de Aloísio? O que dizer do maior arruaceiro de que há memória, Paulinho Santos?
Mas, dada a influência que certas pessoas desse clube têm sobre todo o futebol português e a "fruta" fora de época que por aí anda, prevejo novos episódios e, quiçá, arbitragens duvidosas em prejuízo do clube da Luz.

Saturday, October 28, 2006

Liberdade à meia-noite

Lamento manter a humilde opinião que tenho a respeito de Miguel Sousa Tavares: é um indivíduo grosseiro, deselegante, arrogante, pretensioso, que gosta de destilar ódio contra tudo o que não concorda. O que me impede de ler qualquer um dos conjuntos de folhas a que o referido senhor chama de livros.

Não o lamento por ter vontade de os ler, mas sim porque nunca poderei comprovar com os meus próprios olhos as supostas semelhanças entre "Equador" e "Freedom at Midnight".

Se todo este imbróglio for realmente verdadeiro, provar-se-á que um dos maiores sucessos de vendas da literatura portuguesa dos últimos tempos não passa de um reles e triste plágio.

Mas para já, a única coisa que fica provada é que Miguel Sousa Tavares tem a mente de um déspota e o linguajar de uma meretriz. Nada que eu não soubesse...

Para mais informações, dar um pulinho a este blog: http://freedomtocopy.blogspot.com/. Vale mesmo a pena.




P:S. Então Miguel, agora deu-te para a violência? Não desanimes, se ficar provado que foi plágio eu prometo que compro o livro.

O "Freedom at Midnight", claro...

http://i51.photobucket.com/albums/f387/primodoveiga/24h_24102006b.jpg

Venham de lá essas palmas

Parabéns, Leo! Lembraste-te que o árbitro não gosta de palmas, e nem os golos do Benfica festejaste.

Thursday, October 26, 2006

Não percebo porque é que tanto implicam com o nosso Primeiro-Ministro, até com as contas de telefone/telemóvel já o andam a chatear. Coitado!
O que é que tem de se gastar uns milhares de euros por mês para resolver os problemas do país? Por telemóvel resolvem-se muitos problemas (e de importância capital), que o diga o Major Valentim Loureiro…

Sunday, October 22, 2006

O trabalhinho

Algures num bar de alterne no Norte do país, há cerca de 3 dias:

- Não te esqueças que na jornada a seguir a esta o Benfica vai ao Dragão. Não podemos perder em casa com eles outra vez! Vê lá o que fazes!

- Mas ó xôr Reinaldo, isso não vai ser fácil. Já estive a estudar o dossier e não há nenhum jogador em risco de ficar suspenso por acumulação de cartões. Vou ter mesmo que expulsar alguém. E as pessoas ainda se lembram daquele penalti que eu não assinalei, no estádio da Luz, na época transacta contra...

- Na época quê? Esse palavreado caro irrita-me. Fala direito, homem!

- Desculpe, na época passada. Contra a Naval. Até a minha mãezinha perguntou se eu estava tontinho!

- Não interessa! Escolhe entre o Simão, o Miccoli ou o Luisão. Pelo menos um deles não pode jogar contra nós. De preferência expulsa os três, eheh! Sabes o que tens a fazer... Ó Marlene, filha, vai com o xôr Carlos ali acima um bocadinho, minha linda.

Marketing agressivo

O Governo já tem slogan para as novas portagens:

"Pare, Scut e Pague".

Friday, October 20, 2006

Sendo eu um ser que pensa e teima em questionar o que de "anormal" se passa no quotidiano, hoje empanquei numa questão muito "sui generis". Por que razão é que a maioria dos professores universitários fala e escreve de maneira tão rebuscada que "obriga" os seus ouvintes ou leitores a servirem-se de um dicionário quando chegam a casa? Será para vincar bem a distância que os separa de nós, comuns mortais?
Nos anos de aluno de Direito que já carrego, privei de perto com algumas preciosidades do léxico utilizado por tais "iluminados". Não me esqueço de uma aula em que o Sr. Dr. lança a seguinte pérola:"Ora bem meus senhores, aqui me arvoro para vos oferecer um intróito à cadeira que me proponho leccionar. Façam o obséquio de tomar nota". Petrificados? Não?
Outras expressões há de que me recordo, tais como: "o inserto é lapidar e sintomático...com as suas célebres idiossincrasias"; "cominutivamente"; "expungir"; "excrescências"; "arremedo". Pronto, isto já vos deve ocupar por uns minutos de volta de um dicionário.
Para último, deixo a frase das frases: há quem prefira comprar "...uma camisa vulgar de malha com um crocodilo esverdeado e curvo, em forma de marmota, mordendo, sem remorsos, o suculento mamilo esquerdo do feliz portador".
Genialidade ou loucura? Fica a questão...

Thursday, October 19, 2006

O politólogo

Ah, Nuno Rogeiro! Como eu me lembro de ser ainda bem pequenito e aguardar sempre com grande ansiedade e excitação os "especiais informação" na televisão, onde tu aparecias com ares de grande entendido na matéria e nos mostravas as últimas novidades em material bélico norte-americano. Estávamos em plena Guerra do Golfo, lembras-te?

Eu, um garoto a olhar para a televisão, e tu, um homem feito, um verdadeiro animal de estúdio. Estúdio esse que dominavas por completo; era o teu pequeno feudo e tu eras o Senhor da Guerra. Enquanto eu e os meus amigos nos contentávamos em brincar às guerras com legos e playmobis, tu já brincavas com miniaturas dos aparelhos usados no Golfo. Tanques, aviões, navios, submarinos, tu tinhas tudo, meu patife! Eu tinha cavalinhos, índios e cowboys.

Lembras-te quando deste a conhecer, em exclusivo, aos portugueses a miniatura do novíssimo F117 Nighthawk? Parecias um miúdo, os teus olhos brilhavam! Tal como brilharam os meus quando recebi o Barco Pirata da Playmobil...

Mas porque raio estou eu a escrever isto, perguntas tu. Deixa-me explicar-te...

Nessa altura chamavam-te muita coisa, recordas-te? Analista, comentador, especialista em geoestratégia, etc, etc, etc. Acontece que, outro dia, ao folhear uma revista onde tu assinas uma bonita crónica, me deparei com um novo epíteto que alguém te deu (ou, quem sabe, não foste tu próprio): politólogo.

O que é um politólogo, Nuno? Como se chega até aí? Fizeste algum exame? Ou achas que é, talvez, um dom? E isso vai passar para os teus descendentes, ou morrerá contigo? Quando tiveres um tempo livre, diz-me qualquer coisa, por favor. Só a tua infinita sapiência me poderá esclarecer.

É que este menino que cresceu a ver-te, que ouviu os mais díspares nomes serem chamados à tua pessoa, sempre te conhecerá por um só: imbecil.

Sunday, October 08, 2006

Sr. Scolari, pode fazer-me o favor de convocar o Quaresma para a Selecção? E de o pôr a jogar?

É que essa será, provavelmente, a única maneira de algumas pessoas perceberam que esse mariola não tem ali lugar.

Arruaceiros na Selecção, NÃO!

Wednesday, October 04, 2006

Rui Costa, no último desafio contra o Desportivo das Aves, jogou 45 minutos. Um dia após o referido jogo, foi revelado que o atleta irá parar por cerca de 45 dias.

Ou seja, Rui Costa, por cada minuto que joga tem que parar um dia.

Julgo ter encontrado a solução para resolver este problema. Rui Costa só deverá jogar seis minutos por partida. Assim, terá seis dias para parar e poderá sempre estar apto para o próximo jogo.

Tuesday, October 03, 2006

Para aqueles que acham que António Lobo Antunes é um homem sorumbático e sem graça, deixo aqui esta frase retirada de um dos seus livros:

"Gosto de Virginia Woolf, não tanto pelos livros mas porque ouvia os passarinhos cantarem em grego, eles que normalmente, como toda a gente sabe, usam o egípcio quando em liberdade e o latim nos poleiros."
Belmiro de Azevedo é uma das pessoas mais ricas de Portugal, e também uma das mais admiradas. Empreendedor, líder nato, astuto, trabalhador, são algumas das qualidades que lhe são atribuídas.

Com o simples anúncio da "sua" OPA sobre a PT, teve lucros astronómicos. Sim, é mesmo verdade, só pelo simples facto de ter dito que pretendia adquirir o controlo da maior empresa portuguesa, embolsou milhões. É que para além de as acções da Sonae, empresa da qual é presidente, terem vindo a subir mês após mês, também as da PT registam a mesma tendência. E o Sr. Belmiro tem cerca de 5% da telecomunicadora. É só fazer contas...

Faz lembrar os clubes de futebol, que lançam notícias falsas de hipotéticos interesses de grandes clubes nos seus jogadores, só para valorizarem os passes dos mesmos.

A isso chama-se especulação bolsista. Não é preciso ser-se muito inteligente para a fazer, basta ter meios.

É graças a senhores como este que o país está como está.

Sr. Belmiro, faça-me um favor: pegue no Continente e vá para a Madeira.

Monday, October 02, 2006

Hoje é um dia bastante afortunado para o futebol português. O Major arguido deixou de ser o Presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

Estou profundamente convicto que o futebol vai libertar-se das trevas em que se encontrava mergulhado há tanto tempo; que dias mais solarengos virão; que o clima de desconfiança acabará; que deixará de ser possível oferecer prostitutas, viagens e relógios aos árbitros; que o público vai regressar aos estádios; que eu próprio, quando me dirigir ao estádio, vou passar a ver rutilantes colibris sorvendo delicadamente o néctar de hibiscos em flor; que...

Hmm? O quê? Ahhh... Pois... Sim, com certeza. Desculpe.

O Major Valentim Loureiro é o novo Presidente da Mesa de Assembleia Geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

Desculpem lá, entusiasmei-me. Vou tentar que não se repita.

Ainda não é desta que vou ver colibris...