Friday, October 20, 2006

Sendo eu um ser que pensa e teima em questionar o que de "anormal" se passa no quotidiano, hoje empanquei numa questão muito "sui generis". Por que razão é que a maioria dos professores universitários fala e escreve de maneira tão rebuscada que "obriga" os seus ouvintes ou leitores a servirem-se de um dicionário quando chegam a casa? Será para vincar bem a distância que os separa de nós, comuns mortais?
Nos anos de aluno de Direito que já carrego, privei de perto com algumas preciosidades do léxico utilizado por tais "iluminados". Não me esqueço de uma aula em que o Sr. Dr. lança a seguinte pérola:"Ora bem meus senhores, aqui me arvoro para vos oferecer um intróito à cadeira que me proponho leccionar. Façam o obséquio de tomar nota". Petrificados? Não?
Outras expressões há de que me recordo, tais como: "o inserto é lapidar e sintomático...com as suas célebres idiossincrasias"; "cominutivamente"; "expungir"; "excrescências"; "arremedo". Pronto, isto já vos deve ocupar por uns minutos de volta de um dicionário.
Para último, deixo a frase das frases: há quem prefira comprar "...uma camisa vulgar de malha com um crocodilo esverdeado e curvo, em forma de marmota, mordendo, sem remorsos, o suculento mamilo esquerdo do feliz portador".
Genialidade ou loucura? Fica a questão...