Sunday, October 29, 2006

Gostaria de transcrever, para este espaço, o comunicado daquele clube de bairro que veste de azul, tornado público após a lesão de um jogador seu, mas entendo que o fanatismo, a cegueira, o clubismo exacerbado e, acima de tudo, a escamoteação do passado recente não devem ser privilegiados ou publicitados gratuitamente por quem dá vida a estes espaços de opinião.
"Precisamente como na temporada passada, no mesmo local do terreno, no meio-campo, junto aos bancos de suplentes, o jogador que mais podia desequilibrar foi intencionalmente atingido com violência por um grego, confirmando a teoria de quem vê estes casos como manobras planeadas." Será esta teoria da conspiração mais uma manobra para desviar as atenções do processo-crime em que está envolvido esse "senhor" cujo nome me escuso a pronunciar...?
Para acentuar a desfaçatez de escrever um comunicado com tal conteúdo, teimam em alcunhar a equipa do Benfica de "violenta" e "mal-comportada", auxiliando-se, para tal argumentação, das acções disciplinares que aquela sofreu. Esquecem-se, tais mentes iluminadas, que certas sanções disciplinares foram injustas e descabidas e que nenhuma teve lugar por conduta violenta.
A mais, afirmam, em tom de ameaça, que pensam recorrer à contratação de jogadores robustos para resistir e responder à violência. A desonestidade dessas pessoas vai ao ponto de se esquecerem do seu passado muito recente. O que dizer de jogadores como Bruno Alves, que na época transacta foi expulso por cabecear Nuno Gomes? O que dizer de Jorge Costa e das suas "festinhas" e "carícias" aos adversários? O que dizer de Costinha? O que dizer de Aloísio? O que dizer do maior arruaceiro de que há memória, Paulinho Santos?
Mas, dada a influência que certas pessoas desse clube têm sobre todo o futebol português e a "fruta" fora de época que por aí anda, prevejo novos episódios e, quiçá, arbitragens duvidosas em prejuízo do clube da Luz.