Monday, September 11, 2006

O apito ainda não apitou…

Voltámos à emoção da Primeira Liga e às cenas e equívocos do costume, curiosamente com os intervenientes da “praxe”.
No Sábado, em fim de tarde, eis que Liédson começou a espalhar a sua magia teatral. É tal a perfeição com que ele interpreta os seus números que julguei estar a ver o filme “The Matrix”. Mas não…Este filme é outro. Liédson tem a sua panóplia de encenações, não imitando ninguém. E nem se desvia de balas. Aliás, ao certo, ainda não percebi do que se desvia. Talvez do ar… Mas lá tem o seu mérito, ou não “caiam” sempre os árbitros nas mesmas cenas. Chega de falar deste actor porque ele não me pagou para lhe fazer publicidade (quando me ia entregar o cheque atirou-se para o chão e deu-me pena).
Ainda no mesmo jogo, Nani, que também já aprendeu qualquer coisa com o mestre Liédson, deu um “pequeno encosto” em Ávalos, atirando-o para o relvado (tenha-se em atenção a compleição física do argentino), nascendo desse lance o golo solitário do Sporting. Não há maneira possível de dizer que o golo é “limpo”. Perdão…Haver até há, ou não fosse Paulo Bento o treinador dos de verde. “Um bom lance defensivo, em que não há qualquer falta”. E depois ainda vem pedir transparência no futebol português. Se nem numa simples análise ao jogo o senhor Paulo Bento consegue ser transparente e honesto, como é que pode pedir o que quer que seja…?
Mudando de jogo, damos um salto até ao Bessa Século XXI e somos brindados por uma bela arbitragem do senhor João Ferreira, o tal que Luís Filipe Vieira “escolheu” para um jogo da Taça. A “fruta” desta vez deve ter sido da boa, senão veja-se: Lucas e Nuno Gomes desentendem-se, dando uma turras um no outro, em sinal de carinho claro está, e só o jogador do Benfica é que é admoestado com cartão amarelo; Ricardo Silva, um central que sempre nos brindou com o seu “fair-play” inabalável, deveria ter sido expulso por acumulação de amarelos, depois de rasteirar Nuno Gomes em jogada perigosa de ataque. Jogar contra 10 não é o mesmo que jogar contra 11 (doutra maneira o Boavista não teria “goleado”); por fim, mais um equívoco do árbitro, expulsando Manú com vermelho directo, quando na verdade houve simulação de Lucas.
Ou seja, tudo está igual a anos anteriores, pairando no ar o fantasma de Dias da Cunha e das suas investidas passivas sobre o “sistema” e estando bem viva a presença do Major. O apito vai apitar!